Testemunho vitória no 'Hosana Brasil 2013'

Eu estava aguardando uma parte deste testemunho para, justamente no encontro de mulheres, partilhar a importância de termos uma vida de oração com Deus, presente na nossa vida todos os dias, 24 horas por dia, porque enquanto eu estou dormindo Ele está lá cuidando de mim.

Aconteceu que, de repente, ao voltar de uma viagem a Nova York com meu marido, Roque, fui fazer os meus exames tradicionais, que nós mulheres temos que fazer todos os anos. Fiz todos eles, e qual não foi a surpresa quando a minha mamografia chegou com uma tal de BI-RADS 4, que é uma classificação cujo significado diz assim: “Tem coisa errada aí para ser investigada”. Imediatamente fiz aquilo que todos nós temos de fazer, com a parte que cabe a nós com “os dois peixinhos e os cinco pães”.

Nós temos que fazer, meus irmãos e minhas irmãs, tudo o que está ao alcance humano e deixar que Deus faça os 99,99% restantes, mas a nossa parte, como ir ao médico, fazer exames e não perder tempo, deve ser feita também. Assim que eu recebi a mamografia, liguei para minha médica e ela, imediatamente, me pediu que eu fosse ao consultório e eu parei tudo e fui. Ela disse que os exames precisavam ser investigados.

Roque Saviolli e Gisela Saviolli
Foto: Arquivo CN/Cancaonova.com

Aqui, friso a importância de nós termos um “capitão do barco”, porque, assim como o Roque foi o “capitão do barco” de todo o tratamento da doença do saudoso padre Léo, quando muitos diziam assim: “Espera aí, dr. Roque é cardiologista, o que ele está fazendo aí cuidando do padre Léo, que tem câncer!?”. O Roque é clínico geral, por isso conhece todos os colegas, os melhores que estão em cada setor, já que ele é do Hospital das Clínicas, do Instituto do Coração. Então ele escolheu o melhor de cada área para cuidar do padre Léo. Por isso que, apesar de ter uma expectativa de vida três meses, ele viveu 10 meses. E nós sabemos o que foram estes 10 meses da vida do padre Léo e a sua santificação durante todo aquele processo!

Voltando ao meu testemunho: eu me disponibilizei e fui e, ao chegar lá, a médica conversou comigo e me disse que realmente a imagem da mamografia era muito sútil, porque era uma calcificação um pouco diferente do usual, porque normalmente as mulheres possuem algumas calcificações isoladas na mama, mas estas eram um pouco diferentes, por isso elas precisavam ser investigadas.

Depois de ir à ginecologista, eu fui fazer o exame de ecotomografia, uma biopsia mais profunda, por meio da qual foi retirado material para ser enviado à patologista. Nesse momento, eu aprendi a esperar no Senhor, porque não tem coisa mais difícil do que esperar um resultado de um exame que irá dizer se é câncer ou não.

O interessante, nesse momento, é que meu coração estava tão em paz que estava assim: venha câncer e não venha câncer, Deus está nisso e sabe de alguma coisa que eu não sei. Uma semana depois, o resultado revelou que eu realmente estava com câncer de mama. Eu não me abalei,  até eu me estranhei por isso, porque olhando pelos olhos da fé, eu estava tranquila, mas humanamente falando era algo estranho, porque eu comecei a me cobrar humanamente por eu não estar perturbada nem angustiada.

Eu fiz tudo que humanamente está ao meu alcance. Primeiramente recorri à oração da Comunidade Canção Nova, o monsenhor Jonas ligou para o Roque e disse que, antes da cirurgia, iria rezar por mim por telefone, mas decidi vir receber esta oração pessoalmente. Viemos para cá no Dia de Finados e o monsenhor Jonas presidiu uma Missa, para mim, na capela particular da residência dele e me aplicou a unção dos enfermos. O interessante é que, quando estamos bem e com Deus, tudo fica mais fácil de aceitar.

Por que eu citei que precisamos de um “capitão do barco”, porque a minha ginecologista indicou um mastologista que era de sua confiança, assim segui toda a orientação deste médico. Eu fiz uma mastectomia, por meio da qual minha mama esquerda foi retirada, mas, antes de fazer a retirada da mama, no dia da cirurgia, que foi à noite, teria de fazer um exame, que é uma injeção radioativa para tentar localizar o gânglio sentinela, mas não aparecia nada no exame, assim tomei a segunda injeção e nada novamente. Nesse momento pensei: Deus está agindo!

Ontem, fez um mês que fiz essa cirurgia e hoje estou celebrando esta grande vitória de Deus!

Ouça, na íntegra, o testemunho de Gisela Saviolli:

Transcrição e Adaptação: Alessandra Borges

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